Dramaturgia e impressão de textos teatrais. Uma investigação a partir da produção dramática de Francisco Correa Vasques (1862 – 1884) (pdf)

BRESCIANI, Henrique Bueno – Dramaturgia e impressão de textos teatrais: uma investigação a partir da produção dramática de Francisco Correa Vasques (1862 – 1884) [recurso eletrônico]. Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2022. 222 p. 

Esta pesquisa investiga o problema da recepção de textos teatrais do dramaturgo fluminense Francisco Correa Vasques. Negro, nascido em 1839 em uma família de poucas posses, Vasques estreou como autor de teatro em 1858. Em sua trajetória artística, o dramaturgo aproximou-se do teatro musicado, tendo se dedicado principalmente ao gênero das cenas cômicas que se notabilizaram pela abordagem humorística de assuntos de amplo conhecimento público e pela presença da música, dança, imitações, entre outras linguagens artísticas. Ao longo de sua vida, Vasques escreveu mais de sessenta cenas cômicas, tendo muitas delas sido publicadas no formato de pequenas brochuras que eram vendidas a preços acessíveis aos novos grupos de leitores que se constituíam naquele momento. Diante desta modalidade de circulação, procuramos construir algumas hipóteses a respeito da forma pelas quais as cenas cômicas eram lidas, sugerindo determinados gestos, técnicas e comportamentos que poderiam ser desempenhados pelos seus leitores. Primeiramente nos ocupamos em definir o nosso objeto de estudo, discutindo algumas possibilidades teórico-metodológicas para investigar o problema da leitura. Em seguida, abordamos o panorama teatral e literário da segunda metade do século XIX no qual Vasques estava inserido e sondamos algumas expectativas de leitura de textos teatrais a partir da publicação de peças de gêneros distintos. Finalmente, analisamos três peças de Vasques com o intuito de construirmos algumas possibilidades explicativas a respeito das práticas de leitura das cenas cômicas, lançando mão sobretudo da investigação dos sinais tipográficos que permeavam esses textos. Concluímos que a recepção dos textos teatrais de Vasques estava intimamente conectada com determinadas práticas orais que eram tanto incorporadas às cenas cômicas, como faziam parte do cotidiano de seus espectadores e possíveis leitores.

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