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O circo na história: a pluralidade circense e as revoluções francesa e soviética (pdf)

Artigo publicado no: Portal de Periódicos. Sistema de Bibiliotecas da UFBA. REPERTÓRIO: Teatro & Dança, Ano 13 – número 15, 2010/2012. http://www.portalseer.ufba.br

Resumo: Este artigo trata do circo como arte plural, que tende a reafirmar a supremacia do homem diante dos animais e da natureza, através da exposição espetacular das suas habilidades. O circo é por excelência o espetáculo da maioridade humana na história, cabendo ressaltar dois momentos históricos em que as artes circenses foram apropriadas: as revoluções francesa e russa.


O circo é plural. Seu espetáculo comporta os mais variados atos acrobáticos, excentricidades, jogos cômicos, teatro, música e dança. Ele é uma exposição espetacular das habilidades humanas e tende a reafi rmar a supremacia do homem diante dos animais e da natureza.
Em suma, o circo é por excelência o espetáculo da maioridade humana na história. E, neste tópico em particular, cabe destacar o modo como as artes circenses foram apropriadas por dois momentos que fincaram raízes: as revoluções francesa e russa.
Evidentemente, e este é um lugar-comum, exibições de habilidades e de comicidade, que hoje se encaixariam entre as modalidades circenses, são detectáveis desde tempos remotos, a exemplo da acrobacia, do equilíbrio, da magia, etc., na China antiga, e da doma de animais, no Egito e na Grécia – para ficar apenas nos casos mais evidentes, anteriores à era cristã, revelados em esparsos escritos e pelas descobertas de artefatos arqueológicos. Roma antiga, nesse particular, signifi ca momento exemplar de reunião das habilidades conhecidas em apresentações que ocorriam em espaços públicos especialmente construídos para essa fi nalidade, tais como os anfi teatros, teatros e circos. O Circo Máximo é marco essencial, nesse sentido, muito embora ele se destinasse à disputa de
corridas em bigas e carros movidos por cavalos e, como as demais atrações e espetacularidades apresentadas na Roma antiga, estivesse associado a atos religiosos e participasse de uma política pública ampla.
As peripécias corporais, as exibições de curiosidades, a doma de animais, a magia e demais atos circenses acompanharam toda a história humana e são detectáveis em todas as épocas e sociedades. Contudo, apenas no entorno da Revolução Industrial e da Revolução
Francesa é que se tem um marco concreto de consolidação da história do circo. Tal referência fundante é atribuída a Philip Astley e seu Anfi teatro, em 1768, na capital inglesa.

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Sobre o autor: Doutor em Artes – USP. Professor do Instituto de Artes (IA – Unesp/SP. Pesquisador do CNPQ.

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