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Associação pede revisão de lei contra animais de circo

A presidente da Asfaci (Associação de Famílias e Artistas Circenses), Joelma de Jesus da Costa, fez uso da tribuna popular durante sessão ordinária realizada no plenário da Câmara Municipal na terça-feira, 21, solicitando revisão na lei de autoria do vereador Carlos Alberto Nascimento (PT), que proíbe a entrada na cidade, de circos que possuam animais. Segundo Joelma, que é contrária aos maus tratos aos animais, a lei é injusta e a Sociedade Circense não foi chamada para discutir a questão. “Vim aqui hoje, para pedir que todos façam algumas reflexões referentes a implantação desta lei. Se forem proibidos animais nos circos, como fica a profissão de domador, que é regulamentada por lei. O que acontecerá com o domador e seus dependentes, se ele for proibido de exercer sua profissão”, indagou. Ela também ressaltou o destino dos animais de circo, dizendo que muitas vezes os zoológicos, quando os circos querem doar os animais, não os aceitam por falta de capacidade. “Além disso, a lei é preconceituosa uma vez que a polícia militar conta com estábulo e canil e adestra cavalos e cachorros para apresentações. Se há um modo de adestramento que a PM utiliza sem maus tratos aos animais, então dever haver para o adestramento em circos também”, reforçou. O autor da lei, vereador Nascimento informou que durante a elaboração desta estudou e se informou sobre o assunto e disse que acredita que seja necessário fazer ajustes à lei. “Sou autor da lei e assumo minha responsabilidade. Acredito que esta lei não é o fim do debate, mas sim o início”, disse. A vereadora Edna Sandra Martins (PT) parabenizou o trabalho realizado pela Asfaci e pediu para que a votação do projeto fosse adiada para que os proprietários do circo pudessem ser ouvidos. Por fim, o presidente da Casa, o vereador Ronaldo Napeloso (PV) informou que visitou o circo que se encontra na cidade e, que este tem autorização do Ibama para ter animais silvestres. “Inclusive estou apresentando uma emenda ao projeto de lei”, finalizou. Em razão da apresentação da emenda do presidente Napeloso, a matéria voltou a Comissão de Justiça.

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