Vulto

Observo do meu trono,
vejo aquele rosto sujo
mão cheia de lixo
trôpego bageia entre a multidão
de monstro bem vestidos , insensíveis!
corpo tremulo,
o frio neste instante e’ seu único companheiro,
ainda no ouvido o eco das palavras da mãe:
“não volte sem nada para seus irmãos”…
este grito ainda dói n”alma…
ele para, por um instante pensa,
lembra com carinho de sua terra natal,
sua fase por um  instante reluz!
Anda sem destino, trôpego
diante do portão da universidade,
estático, aceita pois o que
lhe cabe ‘e vascular o lixo,
sente uma dor no coração,
apesar de sonhar em atravessar aquele portão,
de ferro frio, so’ quer receber o diploma de doutor,
mas, acabara como tantos outros,
um marginal causando muita dor!

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