SANTOS, Ivanildo Piccoli dos; BOLOGNESI, Mario Fernando. Charlatões, atores profissionais e os palhaços de circo; um percurso dos artistas e máscaras do Teatro de Rua. VII Reunião Científica de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas, v. 14, n. 1, p. 01 – 06, 2013.
Resumo:
Este estudo parte da história daqueles que começaram a utilizar a rua, praça e lugares públicos europeus como fonte de trabalho para sua sobrevivência. Desde os primeiros falsos curandeiros medievais (ciarlatani), seguidos pelos artistas de rua que vieram a se profissionalizar com a Commedia dell’Arte e as posteriores influências na solidificação da personagem palhaço no circo. A profissionalização dos artistas que atuaram em espaços públicos é precedida imediatamente pelos Cerrentani italianos que fizeram da falsidade sua alternativa de sobrevivência e prática cômica popular de diversão. Estes homens confundidos ora como vagabundos, ora como verdadeiros médicos ou cientistas e ainda como artistas, desenvolveram-se e tornaram-se os charlatões profissionais, utilizando de vários recursos da linguagem cômica e da espetacularidade que com os anos foram se mesclando a linguagem dos bufões com seus recursos e estruturas específicas de comicidade. Influenciando diretamente assim, os artistas que criavam e sobreviviam do espaço público. As técnicas da improvisação foram a mola propulsora para estes artistas e a solidificação genérica de personagens em tipos mascarados, influenciaram a Commedia dell’Arte e os atores sucessores como os cômicos circenses na figura dos palhaços.