Artigos

Circo: tradicional versus contemporâneo?

SENA, Jonathan Brites; OLIVEIRA, Natássia Duarte Garcia Leite de. Circo: tradicional versus contemporâneo? Anais do II Seminário internacional de pesquisa e Pós-graduação em Arte da Cena – Resistência e transversão: as artes e a pesquisa em artes da cena num mundo em transição, Goiânia, p. 150 – 163, 2022.

Resumo: O presente texto é o desdobramento de uma práxis de ensino do circo na cidade de Goiânia de 2010 a 2019, período em que um dos autores experimentou a docência em artes circenses em distintos espaços escolares. É parte de uma investigação teórica que explora as transformações ocorridas nas artes circenses no século XXI. A pesquisa aponta que o circo na contemporaneidade adquire distintas formas e segue por inúmeros caminhos. O dito circo tradicional – primeiro modelo estruturado desta prática, abrigando famílias inteiras e se apresentando em grandes capitais – vem dividindo espaços com outras possibilidades do fazer circense. Desde o século XX, é crescente o número de artistas praticantes do circo que não pertencem necessariamente a uma família tradicional do circo. Esse fator se deve à criação das escolas de circo, que surgem como uma nova forma de se ensinar e difundir a arte circense. Passam assim a coexistir distintas maneiras de saberes circenses, algumas transitando por meio da oralidade em ambiente familiar, outras ligadas ao ensino técnico/artístico em escolas específicas de circo. Deste modo, as artes circenses na contemporaneidade assumem outros formatos. Suas apresentações não ficam restritas ao picadeiro; ao contrário, ganham autonomia para atingir diferentes espaços de atuação. As escolas de circo integram diversos artistas – bailarinos, atores, artistas plásticos, performers, entre outros –, portanto o seu ensino não é exclusivamente dirigido aos integrantes de famílias tradicionais das artes circenses. O circo se apresenta, pois, como um importante campo de conhecimento, um espaço de aprendizagem que colabora para o desenvolvimento de habilidades psicofísicas, afetivas e lúdicas passíveis de ser acessadas de forma democrática por todos os praticantes das atividades circenses, e não apenas pelos artistas circenses e de circo. Nesse cenário, o principal objetivo do texto é compreender se existem distinções entre o circo tradicional e o circo contemporâneo. Caso existam, surge a questão: o que (não) é o circo contemporâneo?

CLIQUE PARA LER ESTE ARTIGO NA ÍNTEGRA

Related posts

Associação pede revisão de lei contra animais de circo

circon

Escolas formam nova geração de artistas circenses que reciclam as lições do picadeiro

circon

Você Treina ou Ensaia? Dicotomias no campo circense e propostas para aprendizagem/criação/performance a partir de elementos do Sistema Laban/Bartenief (pdf)

Silva

Leave a Comment