Círculos que não se Fecham…
Experimento nº. 1
Pedimos expressamente:
Não aceitem o habitual como coisa natural. “Pois, em tempos de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, NADA deve parecer natural, NADA deve parecer impossível de mudar….
Bertolt Brecht
A montagem do espetáculo Círculos que não se Fecham… Experimento nº. 1 faz parte de um processo que a Escola Pernambucana de Circo, através da sua Trupe Circus, vem desenvolvendo desde que inaugurou o Centro Circo da Juventude, quando começamos a discutir mais amplamente as questões da juventude, principalmente as questões relacionadas à violência sofrida pelos jovens de todas as classes sociais, mas, principalmente os jovens das periferias urbanas. As cenas, os números circenses e as coreografias nos trazem para a reflexão, para perguntas pessoais e coletivas do por que de tamanha violência no mundo juvenil? O que ocorre que nos leva a conviver com essa violência de forma tão naturalizada?
Círculos que não se Fecham… Experimento nº. 1 propõe pensar a juventude contemporânea e tornar relevantes seus espaços, seus pensamentos, suas idéias e suas práticas. Mas também queremos levantar questões que apontam para uma realidade assombrosa: o que leva um jovem a agredir, a matar, a destruir suas vidas nas drogas, a não ter perspectiva de vida e com isso seguir por caminhos tão obscuros? O que esses jovens com essas atitudes querem dizer, gritar, serem vistos, ouvidos? Por quem?
Com o espetáculo, queremos chamar a atenção de que é preciso considerá-los como agentes transformadores na sua comunidade, na sua cidade e no País, como seres sociais que estão além do dito popular: “a juventude é o futuro do País”. O futuro se faz no presente, e é este presente que eles estão vivendo e é neste presente, que só será futuro “amanhã” que eles precisam ser considerados como seres humanos que não podem virar apenas estatísticas de uma violência urbana contemporânea. É preciso dar credibilidade aos caminhos que trilham, precisamos ser parceiros, ser amigos, estarmos atentos e fortes nesse caminho que se faz no caminhar, afinal: “um passo à frente e você já não está mais no mesmo lugar”.
Círculos que não se Fecham… é assim mesmo, um experimento porque não temos respostas, levantamos questões que nos angustiam todos os dias quando lemos as páginas dos jornais e vemos as notícias de tantas e tantas mortes trágicas de jovens, principalmente negros e das periferias da cidade. Círculos… traz nossas angústias para a cena, aquilo que vivemos e buscamos viver. A nossa prática, nossa confiança e o respeito pela juventude e por suas questões existenciais, por que: “É com essa juventude que não corre da raia, a troco de nada, eu vou no bloco dessa mocidade que não tá na saudade e constrói a manhã desejada”.
A encenação provoca os sentidos e a reflexão dos espectadores sobre esta realidade. Em cena a violência, mas também a poesia, a alegria da juventude, o prazer de estar em grupo, o prazer de fazer o que se gosta, os sonhos de um mundo melhor, mais humano. É a juventude vista não apenas pela ótica da “incapacidade”, da “marginalidade”, mas sim, e principalmente, pela ótica, pela percepção, pela confiança em suas potencialidades, capacidades, talentos, alegria de viver e realizar seus sonhos de vida.
Círculos que não se Fecham… Experimento nº. 1 busca envolver o público num turbilhão de emoções a partir das experiências de vida de cada um desses jovens representados em cena, mas que existem na realidade, vivenciando através dos números circenses esses círculos que formam a vida individual e coletiva de cada um. Círculos que não se fecham porque fazem parte da vida desses jovens que estão em cena, dos demais que estão “ao nosso redor”, de nós mesmos, de nossas vidas… Círculos que, às vezes aparecem mais fechados e às vezes mais abertos, mas que nunca se fecham completamente, pois são eles os passos do nosso caminhar na vida, mas “é preciso saber viver”… por que: “desde o começo do mundo que o homem sonha com a paz, ela está dentro dele mesmo, ele tem a paz e não sabe. É só fechar os olhos e olhar pra dentro de si mesmo”. Então vamos nessa!
Fátima Pontes
Trupe Circus da Escola Pernambucana de Circo (Recife – PE)
Ficha Técnica
Roteiro e encenação: Fátima Pontes
Direção: Fátima Pontes, Maria Luiza Lopes e Anne Gomes
Coreografias: Patrícia Costa
Oficina de break e hip hop: Jean David
Oficina de maculelê: Angélica Lins
Projeto de Iluminação: Sávio Uchôa
Execução de iluminação: Saulo Uchôa
Execução de sonoplastia: Blau Lima
Seleção de sonoplastia: Fátima Pontes
Arranjo musical: Orquestra Perfil (Aguinaldo Menezes, Lyzia Rocha, Heber Melo, Elton Assunção, Rosael Pimenta, Cleiton Eleno e Dinho)
Gravação da seleção musical: Estúdio Tropical Tec (Jorge Banana)
Produção executiva: Fátima Pontes e Alexandre Menezes
Assistente de produção: Maria Luiza Lopes
Programação visual: Cláudio Lira
Assessoria de comunicação: Rodrigo Dourado
Filmagem/Vídeo: Daniel Castelo Branco
Fotografia: Lídia Marques
Figurino: Júlia Fontes
Costureira: Maria Lima
Grafitagem das camisas do figurino: Grupo Cultural e Social Cores do Amanhã
Cenário: Fátima Pontes e Maria Luiza Lopes
Pintura das bandeiras na técnica tie dye: Catarina Brandão
Oficina de cubo: Poliana Cristina (Circo de Mônaco)
Oficina de bandeiras: Thaianne Cavalcanti
Mediadores dos debates sobre o espetáculo: Rudimar Constâncio, Fátima Aguiar, Breno Fittipaldi, Leidson Ferraz, Reginaldo Veloso, José Manoel, João Dennys, Damiana Julia, Auta Azevedo, Joselito Costa.
Oficina de acrobacia de solo, pista acrobática, báscula e trapézio triplo: Sérgio Oliveira e Jerusa Rocha (Associação Londrinense de Circo).
Elenco/Trupe Circus: Alexandre Santos, Allison Santana, Bruno Fernando, Célio Santos, César Gomes, Érico Barreto, Hammai de Assis Vieira, Hosani Gomes, Ítalo Feitosa, Christian Johnny, Jonatas Carvalho, Michael Francisco, Suenne Sotero, Thiago Oliveira.
Contra-regra: Fábio Cavalcanti
Ficha Técnica
Roteiro e encenação: Fátima Pontes
Direção: Fátima Pontes, Maria Luiza Lopes e Anne Gomes
Coreografias: Patrícia Costa
Oficina de break e hip hop: Jean David
Oficina de maculelê: Angélica Lins
Projeto de Iluminação: Sávio Uchôa
Execução de iluminação: Saulo Uchôa
Execução de sonoplastia: Blau Lima
Seleção de sonoplastia: Fátima Pontes
Arranjo musical: Orquestra Perfil (Aguinaldo Menezes, Lyzia Rocha, Heber Melo, Elton Assunção, Rosael Pimenta, Cleiton Eleno e Dinho)
Gravação da seleção musical: Estúdio Tropical Tec (Jorge Banana)
Produção executiva: Fátima Pontes e Alexandre Menezes
Assistente de produção: Maria Luiza Lopes
Programação visual: Cláudio Lira
Assessoria de comunicação: Rodrigo Dourado
Filmagem/Vídeo: Daniel Castelo Branco
Fotografia: Lídia Marques
Figurino: Júlia Fontes
Costureira: Maria Lima
Grafitagem das camisas do figurino: Grupo Cultural e Social Cores do Amanhã
Cenário: Fátima Pontes e Maria Luiza Lopes
Pintura das bandeiras na técnica tie dye: Catarina Brandão
Oficina de cubo: Poliana Cristina (Circo de Mônaco)
Oficina de bandeiras: Thaianne Cavalcanti
Mediadores dos debates sobre o espetáculo: Rudimar Constâncio, Fátima Aguiar, Breno Fittipaldi, Leidson Ferraz, Reginaldo Veloso, José Manoel, João Dennys, Damiana Julia, Auta Azevedo, Joselito Costa.
Oficina de acrobacia de solo, pista acrobática, báscula e trapézio triplo: Sérgio Oliveira e Jerusa Rocha (Associação Londrinense de Circo).
Elenco/Trupe Circus: Alexandre Santos, Allison Santana, Bruno Fernando, Célio Santos, César Gomes, Érico Barreto, Hammai de Assis Vieira, Hosani Gomes, Ítalo Feitosa, Christian Johnny, Jonatas Carvalho, Michael Francisco, Suenne Sotero, Thiago Oliveira.
Contra-regra: Fábio Cavalcanti