De repente parto só,
seguindo a caravana de trailers coloridos,
caminhões sortidos,
todos seguem minha alma solitária
no silêncio da noite fria,
as pessoas choram, acompanham
acenando na despedida,
acenam desesperadamente, dão a mão!
Ouço, lá longe, tristes gemidos,
dilacerando meu coração
sigo comovida,
choro e gargalho, pois tenho que seguir,
é necessário partir;
paro e observo no silêncio a lona,
num canto recolhida, até
parece que por todos benzida,
agora, abençoada pelo povo,
deseja ser novamente armada,
renovada para a próxima estréia.
Será levantada na nova cidade!
Um grito retido no peito do
palhaço, provoca por si só
um estilhaço, que busca em vão
contar as novidades para as crianças
que, em vão, procuram um abraço!
Sigo só, a caravana das ilusões se desfaz!
Sigo só, meu caminho, procuro paz!
Pouco adianta fugir,
brigar, fingir!
De ser feliz só os aplausos
acalentam meu partir!