Espaço para o CIRCO

Gostaria de falar sobre um problema pontual, urgente e importante. Nós, do Centro Carcará recebemos semanalmente reclamações de donos de circo (todos pequenos e médios) sobre as dificuldades para circular, instalar e funcionar nos diversos municípios de PE, PB e RN (estados onde temos uma relação maior). As dificuldades vão desde a disponibilidade de terrenos a truculência, preconceito e desconhecimento dos gestores. Surgem problemas com empresas de água e luz, órgãos que cuidam de liberação e uso do solo, órgãos que aprovam estruturas físicas para recebimento de público e realização dos espetáculos, bombeiros, trabalho de menores de 18 anos (conselhos tutelares), acesso a escola e rede pública de saúde (não possuem endereço fixo e não podem ser atendidos). Muitos falam que precisam “molhar a mão” dos fiscais públicos. Algumas vezes conseguem trabalhar, mas em outros momentos, mesmo após montar a lona são obrigados a saírem “correndo”.

Sabemos que falta em alguns casos conhecimento aos circenses, e contribuímos para que os circos modifiquem suas estruturas para atender às necessidades, bem como, qualifiquem a maneira de gerenciar suas atividades, primando pela organização e planejamento. Mas tudo isso precisa de tempo, informação e grana. Assim urge a necessidade de uma ação de orientação, normatização e sensibilização dos órgãos públicos para viabilizar a circulação dos circos.

A Funarte, o governo do Estado de PE através da Fundarpe e a Prefeitura do Recife através da sua Fundação de Cultura estão planejando ações estruturadoras para resolver ou minimizar essa problemática antiga, com projetos semelhantes ao “receba o circo…”.

Enquanto esses projetos e programas não são operacionalizados estamos buscando provocar essa discussão através das câmaras setoriais, conselhos de cultura, associação de prefeitos e de secretários de cultura, poder legislativo, imprensa, etc.

É a hora de darmos um basta a essa situação. É preciso ficarmos munidos de todas as informações sobre a legislação existente. Unir forças com quem quer bancar essa briga conosco e “peitar” o que está atrapalhando.

Abração,

Williams

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