Palhaçaria em Situações-limite – Palestra de Katia Kasper e Diego Baffi

Palhaçaria em situações-limite: o que podemos aprender com palhaços/as sobre modos de pensar, sentir e agir no mundo” Palestra seguida de bate-papo realizada em 09. 2019, pela pesquisadora Kátia Kasper e pelo palhaço Diego Baffi – responsável pelo Grupo de Treinamento em Palhaçaria da Faculdade de Artes do Paraná (UNESPAR Campus Curitiba 2).

Descrição:
Não é de hoje que palhaços e palhaças põem seus narizes vermelhos onde não são chamados. Seja em hospitais, zonas de conflito ou de crise humanitária, há décadas a inserção da figura do palhaço longe dos ambientes da festa e da cena onde são esperados tem contribuído para a resolução de conflitos e para trazer alegria e esperança a vítimas de traumas individuais e coletivos.
O evento conta inicialmente com a presença da professora Dra. Katia Kasper (UFPR). Em 2004, a teórica da palhaçaria concluiu na Faculdade de Educação da Unicamp uma ampla pesquisa de doutorado sobre os modos de operar de dezenas dos mais importantes palhaços contemporâneos que atuam dentro e fora dos limites do circo e do teatro e, desde então, tem se aprofundado cada vez mais no tema. A partir da filosofia de nomes como Gilles Deleuze, Felix Guattari, Baruch de Espinoza e Suely Rolnik, Kasper aborda as marcas deixadas pelos encontros com palhaças/os quando esses se colocam entre políticas, éticas e poéticas de criação de modos de existência.
Posteriormente se apresenta o professor Dr. Diego Baffi (UNESPAR/FAP). Formado pelos prolíficos grupos de palhaços sediados em Barão Geraldo (Campinas/SP), cidade na qual realizou seu mestrado na área, Baffi palhaceou nos espaços públicos de países da América do Sul e Europa e atua nas ruas de Curitiba (PR) desde 2012. Em sua fala apresenta uma das experiências vividas durante seu doutoramento, quando atuou como palhaço nas ruas do Haiti, em 2015. Na época, o Brasil liderava a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), finalizada em 2017, e as tensões provocadas pela presença militar brasileira no país se fizeram presentes no modo como o palhaço foi recebido nas ruas.

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