Campos, Vilma – Cruzos e encantarias. Anais ABRACE – XI Congresso da ABRACE -v. 21 (2021).
Resumo
Tenho mergulhado na pesquisa a partir de leituras e treinamentos com a forma longa de mãos da família Yang (chamada forma 103), a forma essencial de exercícios de Chi Kung desenvolvidas pela Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan e o Baduanjin ou as oito peças do brocado. Estes me parecem ainda fundamentos relevantes porque promovem a junção mente e corpo e estão inseridos em práticas integrativas de saúde, colaborando significativamente no cuidado de si, na harmonia do ser e na vitalidade, aspectos que são relevantes no processo criativo. Porém, como posso dar um passo adiante em aspectos que não dissociam mente e corpo, temporalidades e espaço, levando-nos a aspectos integrativos e ancestrais? Tenho tateado possibilidades pautada em fundamentos de matrizes culturais de povos originais da América Latina e Afro-Diaspóricos a partir do acesso ao projeto de residência artística intitulado Vagamundos – um laboratório cênico no Centro de Pesquisa Teatral ( CPT – SESC – SP) e proposto pela Pedagoga Maria Thaís Lima Santos, especialmente a primeira fase em Abrindo Terreiros em Setembro e Outubro de 2020 que constou de treze encontros virtuais de escuta de saberes pluri epistêmicos – indígenas, africanos, afro-diaspóricos, afro-indígenas e caboclos que se realizam e agenciam nesse território, reconhecendo as singularidades e distinguindo ferramentas, categorias e instrumentos que fundam os seus múltiplos pensares.
Palavras-chave Povos originários; Afrocentrado; Vagamundos; Pedagogia do teatro.