Antonio Malhone (Pirolito)
*01/11/1922 +25/12/1999
Antonio Malhone nasceu em Nova Europa- SP no dia 01/11/1922 filho de família circense seus pais Maria Rosa Malhone e Julio Malhone, quando ele tinha três anos de idade, seu pai faleceu. Sua mãe sozinha e com um filho pra criar se casa novamente com Jose Alves do Nascimento que o criou como seu próprio filho, foi o pai que ele conheceu.
Aos seis anos de idade Antonio Malhone começou a trabalhar, foi ai que surgiu o palhaço Pirolito.
1940- É convocado para cumprir o Serviço Militar que dura um ano, quando retorna se apaixona por uma jovem filha do dono do circo onde trabalhava com a sua família.
1942- Se casa com Benedicta Dalva Fernandes, surgindo uma nova família, em 1944 nasce sua filha Guaraciaba e quando ela esta com dois anos o pai de Dalva da a eles uma certa quantia para que façam seu próprio circo que ao ficar pronto da lhe o nome de Circo Teatro Guaraciaba.
1952- Houve a separação do casal sua filha fica sob sua responsabilidade, sempre a frente do circo elevando seu nome cada vez mais, os ensaios das peças sempre a seu comando era rigoroso com seus espetáculos. A apresentação dos artistas tinha que ser impecável, ele não admitia erros e falta de respeito com o público.
Dizia sempre que ao chegar na bilheteria eles não sabem o que estão comprando, por isso devemos respeitá-lo e oferecer o que de melhor podemos dar. Outra coisa não admitia palavrões em cena.
Um ótimo artista, os cômicos eram de sua preferência Anacleto da peça Se o Anacleto soubesse, Jacinto de Mulher do Zébedeu, na alta comédias sempre dava um show, Quincas da Ditadora, Lupino de Ai vem o Barão, Juca do O céu uniu dois corações, Maneco do Ministro supremo, Tico-Tico de Mestiça, Pascoal o italiano de Rancho Fundo, olha eram tantas peças e papéis é difícil citar todas. Sua versatilidade do cômico ao dramático a perfeição era comovente. Atuou em vários filmes de Mazarope.
Pirolito muito elétrico, não parava em lugar nenhum, sempre aceso, corria daqui, pra dali, vendo terreno para mudar o circo, fazendo secretaria, contratando shows para a semana, programando as peças a serem levadas, ensaiando peças, bolando novos repertórios.
O circo percorreu quase todo o interior paulista e litoral, chegou na cidade de Sorocaba na década de sessenta conquistou a cidade toda e aqui permaneceu por quase dez anos percorrendo todos os bairros. Sua filha Guaraciaba, seu compromisso de amor eterno, era seu braço direito, sempre a frente dos espetáculos levando sua beleza, simpatia e arte ao publico.
Depois de alguns anos o circo vai para a cidade de Campinas percorrendo vários bairros, mas o amor por Sorocaba não acabou.
Na década de 1980 chega o fim o famoso Circo Teatro Guaraciaba que muitas alegrias nos trouxe, só ficando seu nome e as histórias a ser contadas.
Pirolito e Maria Isabel sua segunda esposa, fixam definitivamente residência na cidade de Votorantim, onde começou a vender bilhetes pelas ruas da cidade na avenida 31 de março.
Passava os dias contando piadas aos amigos nas ruas, no gabinete do Prefeito, e vereadores, sempre muito comunicativo e com um rastro de vida cheia de emoções e histórias maravilhosas para contar isso fazia com que ele fosse uma pessoa bem quista em todos os ambientes que chegava sua presença era sempre muito agradável.
Assim ele ia passando os dias e escondendo suas tristezas e frustrações por deixar aquela vida que tanto amava, passado algum tempo ele ficou doente e já não podia mais sair conversar com seus amigos, até isso lhe foi negado sua tristeza foi aumentando, um câncer que devagarzinho ia lhe comendo as entranhas, uma dor que impossibilitava os mais simples movimento.
25/12/1999 aos 77 anos. Num dia tão festivo como o de natal, quando todas as famílias principalmente a circense se reuniam com os parentes para festejar o Natal, em Sorocaba e Votorantim, morre nosso amigo Pirolito, como se estivesse esperando por esse dia, quando todos os seus amigos e artistas estivessem reunidos.
A sua partida deixou muitas saudades, não só para os amigos e familiares como também ficou um vazio na avenida, insubstituível principalmente de suas piadas.
Adeus mestre, contigo aprendi muitas coisas, que me valeram por toda uma vida, tudo o que aprendi devo a você, descansa a sua paz merecida pela missão que cumpriu como homem e como artista.
