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Hoje tem goiabada? Não! Hoje tem marmelada? Não! O que temos então? Estudos Culturais em ação (pdf)

Neves, Marcos Ribeiro das – “Hoje tem goiabada? Não! Hoje tem marmelada? Não! O que temos então? Estudos Culturais em ação” In: São Paulo: Publicado no Grupo de Pesquisas em Educação Física Escolar da FEUSP, s|data

Prof. da EMEF Dom Pedro I

A escolha da manifestação cultural circo para ser tematizada junto aos alunos do 6º ano deveu-se ao diálogo com o Projeto Político Pedagógico da instituição intitulado “Diversidade Cultural Inclusão Social”. Para mapear os saberes dos estudantes, lancei algumas perguntas: O que é circo para vocês? Quais são as práticas corporais existentes em um espetáculo de circo? Quem de vocês já foi a um espetáculo? Quem conhece alguém que trabalha no circo? O que vocês sabem sobre aquelas pessoas que vivem no circo?

Foi possível identificar as diferentes representações sobre a manifestação cultural e, principalmente, sobre a imagem do palhaço. Para uma estudante, palhaço é uma pessoa ruim da qual ela tinha muito medo, porque quando era pequena sua família ficava aterrorizando-a quando não se comportava. Após o registro das falas das estudantes, teci meu Plano de Ensino. Com base nos apontamentos, selecionei algumas expectativas de aprendizagem das Orientações Curriculares de Educação Física da Secretaria Municipal de Educação para nortear o projeto:

– Relacionar e vivenciar a gestualidade de cada manifestação corporal, considerando a identidade cultural do grupo provedor.

– Participar efetivamente do processo de organização coletivo.

– Analisar as vantagens e desvantagens referentes à manifestação vivenciada e investigada, expondo sua opinião pessoal.

Como, durante o mapeamento algumas estudantes disseram que nunca foram ao Circo, na aula seguinte organizei a assistência ao vídeo “Espetáculo de Circo Poligram em Macaparena (PE)”, retirado do YouTube. Solicitei a análise das práticas corporais que compunham o espetáculo, bem como o seu tema.

Após relacionar os elementos presentes, como malabares, pirâmide humana, corda bamba, palhaço e perna de pau, decidi organizar a vivência dos malabares em função da disponibilidade dos materiais. Pedi que demonstrassem às demais o que sabiam sobre a prática. Uma das estudantes disse que sabia fazer alguns movimentos e ofereceu-se para ensinar as demais. Fizemos uma roda e a colega socializou seus saberes utilizando bolinhas de tênis. A turma apenas repetiu os movimentos sem conhecer o nome ou suas alternativas.

Na aula seguinte, o grupo assistiu a um vídeo do YouTube que ensinava a fazer os malabares com bexiga e alpiste. Em seguida, disponibilizei os materiais necessários e todas construíram os próprios equipamentos. Ao final, pedi para que levassem para casa e treinassem aquilo que a colega havia ensinado na aula anterior.

Outros vídeos foram disponibilizados na sequência: um que ensinava a fazer os movimentos do malabares, chamado de chuveirinho (experimentado em aula), e outro para ampliar os conhecimentos que demonstrava uma técnica denominada shower. Ficamos mais duas aulas vivenciando a prática.

Demos início à vivência da perna de pau. Logo na primeira aula o material quebrou. Relatei à turma as dificuldades de substituir o equipamento e sugeri que estudássemos outro elemento do circo chamado pirâmide humana, enquanto aguardávamos a compra dos materiais para construirmos a perna de pau.

Como uma das estudantes disse que sabia fazer pirâmides, coloquei alguns tatames no chão e pedi-lhe que explicasse o que sabia com a ajuda das colegas. Feito isso, a turma distribuiu-se pelo espaço e procurou seguir as recomendações. Munido de cópias de diferentes partes do livro “Introdução à pedagogia das Atividades Circenses” de Marco Antonio Coelho Bortoleto, que expõe técnicas de construção de pirâmides, separei a turma em três grupos para que pudessem colocar em prática as sugestões contidas no material entregue.

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1. Quero agradecer imensamente a todas as estudantes envolvidas, à gestão da escola, à Diretoria Regional do Jaçanã / Tremembé pelo apoio, aos colegas do Centro de Memória do Circo, Rosa e Wellington, e a meu amigo Demóstenes, pelo carinho e amizade.

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