Artigos

I Festival Internacional de Artes Cênicas do Ceará – O circo tem o palco do TJA como picadeiro dentro do Zona de Transição.

O circo tem o palco do TJA como picadeiro dentro do Zona de Transição (de 15 a 24 de junho)

Texto escrito pelo Zona de Transição,  reproduzido na Coluna de Izabel Gurgel – Diretora do Teatro José de Alencar

Zona de TransiçãoO Zona de Transição – I Festival Internacional de Artes Cênicas do Ceará, que inicia no   sábado (15) e concentra as ações no Centro de Fortaleza, tem um dos referenciais a opção pela arte circense

O Zona de Transição – I Festival Internacional de Artes Cênicas do Ceará tem início dia 15 e vai até 24 de junho no Theatro José de Alencar e tem programação circense, sim senhor. Durante a programação do Zona, o circo tem espaço generoso ocupando não só o palco italiano da centenária casa de espetáculos, em Fortaleza, como chegando perto do público em espetáculos de rua. Companhias internacionais e locais mostram seus espetáculos ao mesmo tempo em que pensam sobre a prática e suas feituras.

Os matizes das apresentações são variados. Por exemplo: um dos convidados da programação é o Palhaço Tomate, vindo diretamente da Argentina. Tomate centra seu trabalho todo na construção de balões, fazendo instrumentos, personagens e dispositivos para falar de tipos sociais, de estruturas políticas e para fazer troça da vida. Ele apresenta o espetáculo Tomate, puro tomate, e aula em Fortaleza e nas cidades de Sobral e Viçosa.

Da Itália chega toda a família Colombaioni, uma das mais tradicionais da arte de palhaço no lado de cá do mundo. Leris, Leny e Barry são os protagonistas de Um pouco de tudo, praticamente nada, espetáculo que se vale do controle do corpo e da face, habilidade que fez história dentro da família. Uma curiosidade: o pai de Leris, Nani Colombaioni, fez inúmeros filmes com Federico Fellini.

Para todas as idades também é o espetáculo El Niño que Soñaba (O menino que sonhava, em tradução livre), da companhia La Mar de Marionetas, uma parceria entre Guiné-Bissau e Espanha. Aqui, o garoto Moni descobre um desejo imenso de se aproximar da música, e sonha com isso. Dois músicos acompanham os sonhos de Moni, enquanto muitos animais povoam o seu dia a dia.

Para Izabel Gurgel, diretora de Theatro, a curadoria da programação procura o frescor dos novos grupos às tradições das trupes. “Contamos com o elogio à bobagem da Família Colombaioni, da Itália, que há gerações se dedica aos mundos do palhaço. O Leris Colombaioni, com os filhos Lenny e Barry, faz um espetáculo criado e dirigido por ele e pelo pai, Nani, a quem Fellini escutou para fazer “La Strada” e filmou para “Palhaços”. E isso nos chega ao lado da graça do grupo Garajal fazendo “Romeu&Julieta” com nariz de palhaço. Contamos, pois, com grandes mestres e recém-iniciados, espetáculos de larga trajetória e trabalhos ainda em processo de elaboração”. Ela intenciona o desejo de pulsar a curiosidade do público: “Que um festival artístico possa contribuir para acionar em cada um de nós o espectador que se dispõe a ver e a viver o que não conhece, a se conectar com situações e estados cujos códigos não são tão ordinários, cotidianos”, informa.

Sobre o Zona de Transição – Esta é a primeira edição do Zona como Festival Internacional de Artes Cênicas do Ceará. Em 2009 e 2010, o Zona apresentou em torno de 15 espetáculos e uma série de atividades formativas. O caráter de escola se mantém, aberta ao público, e oferece uma concentração maior de obras para fruição. Neste 2012, o evento também integra a Viradinha, no dia 17. São mais de 24 horas de mostra de espetáculos, música e dança para comemorar o aniversário de 102 anos do Theatro José de Alencar.

Theatro José de Alencar

Uma promoção do Governo do Estado do Ceará por meio da Secretaria da Cultura e Theatro José de Alencar, o Zona de Transição é uma realização da Fundação Amigos doTheatro José de Alencar e Instituto de Cultura e Arte do Ceará – Incarte.

Serviço das atividades circenses durante o Zona, no Theatro José de Alencar:

Sábado 16

Um pouco de tudo, praticamente nada

Leris, Lenny e Barry Colombaioni, Itália

Abertura: Especial Circo Nerino – doc.clips sobre um dos mais longevos circos do

Ocidente.

Apresentação: Veronica Tamaoki (SP)

19h palco principal

R$ 10 e 20 Livre 60min 750 lugares

Dia 17

Demonstração técnica Leris Colombaioni

14h sala de teatro

grátis 60min 60 lugares

Domingo, 17

Tomate, puro tomate

Palhaço Tomate, Argentina

Abertura: Especial Circo Nerino – doc.clips sobre um dos mais longevos circos do

Ocidente.

Apresentação: Veronica Tamaoki (SP)

18h palco principal

R$ 5 e 10 Livre 60min 750 lugares

Segunda 18

Demonstração técnica Palhaço Tomate

19h Teatro Morro do Ouro

grátis 50min 90 lugares

Segunda, 18

Zona Escola – Roda de Conversa: criadora e coordenadora do Centro de Memória do Circo – Prefeitura de São Paulo, a pesquisadora Veronica Tamaoki apresenta a instituição. Pesquisadora da trajetória do Circo Nerino, inicia a conversa pelo circo que esteve em Fortaleza nos anos de 1940 e 1950

9h às 11h Casa Juvenal Galeno (ao lado do TJA) grátis 70 lugares

Terça, 19

Um tiquinho de nada

Circo Lúdico Experimental – Cia. Cle, Ceará

17h Praça do Ferreira grátis

Quarta, 20

El niño que soñaba

La mar de marionetas, Espanha-Guiné Bissau

9h e 15h palco principal

R$ 10 e 20 Livre 50min 100 lugares/sessão

Segunda, 18 e domingo, 24

Demonstração técnica La mar de marionetas

Espanha-Guiné Bissau

17h Teatro Morro do Ouro

grátis 60min 90 lugares

Sábado, 23

Escola Nacional de Circo

Rio de Janeiro

18h jardim e Praça José de Alencar

grátis 50min

 

Related posts

Sarrasani. Entre la fábula y la epopeya

circon

O malabarismo como protocolo de transformação do corpo e das coisas em position parallèle au plancher (P.P.P.) de Phia Ménard (pdf0

Silva

Mapeando o ensino das atividades circenses no contexto escolar: escolas, professores e práticas pedagógicas (pdf)

Daniel Lopes