Antecedentes Arquitetônicos – século XVIII

Hetzamphitheater Theater de Viena – cerca de 1760

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Paralelamente às apresentações de montaria e exibições equestres dos ex-cavaleiros que faziam parte das fileiras das cavalarias reais européias, e que a partir do final do século XVIII iniciaram suas apresentações em praças públicas, outros espaços construídos no período ou aproveitados aqueles já presentes desde, por exemplo, o Império Romano, foram sendo denominados de anfiteatros. Esses lugares misturavam apresentações de animais, com algumas representações teatrais, acrobacias equestres mas também de solo, combates de animais, etc.

Entre os diversos gêneros apresentados, há aqueles denominados de “grandes espetáculos”, que aliavam todas as linhagens artísticas presentes na época: as acrobacias misturadas com representações teatrais, com animais, com muita música, mímica, dança, coreografias e animais adestrados e mesmo com touros. Em Viena, em 1755, um francês de nome Français Charles Defraine dirigiu o Hetzamphitheater Théâter, um anfiteatro a céu aberto onde se apresentavam desde exibições teatrais até combates de animais como touros, acompanhados de fanfarras.

Como se verá posteriormente, esse modelo arquitetônico de exibições diversas, com misturas de animais e artistas, em madeira e depois de alvenaria, serão construídas pelos próprios artistas circenses a partir do início do século XIX.

No Brasil, sem as condições necessárias e, principalmente, sem matéria prima condizentes, os grupos circenses irão realizar diversas adaptações para transformarem todo o conjunto de saberes presentes na memória em lugares de apresentações. A riqueza da produção e construção desses espaços são conhecidos apenas por circenses que possuem hoje em torno de 70/80 anos de idade.

Mas, iremos mostrar as diversas formas de construções e os nomes dados aos mesmos pelos artistas europeus que por aqui chegaram desde o final do século XVIII.


Fonte: Henry Thétard – La merveilleuse histoire du cirque. Paris: Prisma. 2 tomes – exemplaire no. 931, 1947, p. 40.

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