Entra que tem História As múltiplas linguagens artísticas herdadas pelos futuros artistas denominados: circenses
Desde os tempos culminares do Império Romano (27AC-467DC), as companhias de mimo romano apresentavam uma variedade infindável de números, conforme a disponibilidade e capacidade de seus atores: trapézio, equilibristas, cuspidores de fogo, engolidores de espada, ilusionistas, animais treinados; algumas vezes participavam nas peças, atores com pernas de pau, canto e outros números que pudessem atrair a platéia. Como se pode ver o mimo romano, antes da modernidade surgir no horizonte, havia resolvido uma série de contradições e questões de identidade que iriam assolar o teatro no século XX, pois era teatro de rua, de números, de histórias, performance, instalação, de diversão, de bonecos… tudo misturado e construído ao mesmo tempo, com fronteiras maiores que as do Império Romano. O que descabia, deglutia. 1
Durante todos os períodos históricos a diversidade das linguagens artísticas foi produzida a partir de diálogos e intercâmbios constantes. Nos vários lugares do ocidente, oriente, dos países asiáticos, africanos, etc., nos quais viveram homens, mulheres e crianças, os artistas de cada período da história ao mesmo tempo em que foram herdeiros de tudo o que havia sido produzido anteriormente a eles, também transformaram, criaram e produziram diferentes modos de se fazer arte continham todos os saberes acumulados, mas que dialogavam com tudo o que estavam vivenciando em cada momento histórico.
1. Fonte:Robson Corrêa de Camargo – “A pantomima e o teatro de feira na formação do espetáculo teatral: o texto espetacular e o palimpsesto”, in Fênix – Revista de História e Estudos Culturais. outubro/novembro/ dezembro de 2006. Vol. 3 – Ano III – nº 4 – ISSN: 1807-6971. Disponível em: www.revistafenix.pro.br.