Após a estréia deste tipo de espetáculo e de espaço criados por Astley, um cavaleiro de nome Hughes, que tinha feito parte de sua primeira trupe, montoua sua própria companhia, em 1780, com o nome de Royal Circus, e pelaprimeira vez esse modelo de espetáculo produzido em tal espaço aparecia com o nome de “circo”. Hughes construiu um lugar que tinha um palco, comonos teatros, e uma pista colada a ele 6; nesta apresentavam-se os cavaleiros esaltadores, e naquele, os funâmbulos e pantomimas. Quanto à platéia, camarotes e galerias foram colocados em andares superpostos, inclusive camarotes no proscênio, e não mais em arquibancadas. Esta combinação permitia darespetáculos maiores do que pantomimas de pista, e o público podia assistirinteiramente às apresentações, tendo em vista a sua disposição ao redor e emlugares de cima a baixo, ao lado da pista e do palco. Quando, em 1794, o anfiteatro de Astley pegou fogo, ele o reconstruiu aos moldes do de Hughes,ou seja, com pista e palco.
1ª de cima à esqueda: Interior Royal Circus – Greater London Council Print Collection
2ª de cima à direita: Interior Royal Circus – 1795 – in Lady1s Pocket Magazine, The Museum of London
1ª abaixo à esquerda : Interior Royal Circus, St. George’s Field, 1790, gravura de Anon. Enthoven Collection, Victoria e Albert Museum, Londres.
2ª abaixo à direita: Interior Royal Circus – 1809, Victoria e Albert Museum, Londres.
Fonte de texto: Erminia Silva – Circo-teatro: Benjamim de Oliveira e a teatralidade circense no Brasil. São Paulo; Editora Altana, 2007.
Fonte de imagens: Dupavillon, Christian – Architectures du cirque – des origines à nous jours. Paris: Éditions du Moniteur (Groupe Moniteur), 2001, p. 56