Circo Nerino

nerino_gAutor: Roger Avanzi Verônica Tamaoki
Editora: Codéx e Pindorama Circus
Ano: 2004
Edição: 1ª Edição
352 páginas

Onde encontrar: Estante VirtualLivraria CulturaGoogle Livros
Sinopse: De 1913 a 1964, o Circo Nerino circulou por todo o Brasil, cativando platéias, deixando saudades e marcando a memória de muito garoto brasileiro. Verônica Tamaoki, com a ajuda de Roger Avanzi, filho do palhaço Nerino, narra neste livro a trajetória da companhia. Com fotos do antropólogo francês Pierre Verger e um belíssimo material iconográfico, Circo Nerino é certamente um dos mais importantes resgates da arte circense no nosso país.


Indicado pelo Prêmio Jabuti 2005, na categoria reportagem e biografia.

Comentários:
“A qualidade da documentação é impressionante. (…) Acompanhamos, ao mesmo tempo, a própria história do Brasil. (…) Casamentos, sucessos, acidentes, mortes, rivalidades, gastos, investimento, tudo está documentado, e tudo vale a pena ler. O inventário do circo, feito em 1964, é transcrito na íntegra, e tem a eloqüência angulosa de um poema modernista. (…) Melhor que tudo, há as fotos do público, algumas pessoas espiando a câmera de soslaio; as outras, a maioria, reaparece nessas páginas com os olhos perdidos no espetáculo, perdidos no sonho e também perdidos no tempo.”
Marcelo Coelho – Folha de São Paulo – 08 de dezembro de 2004

“Pela amplitude da pesquisa e pela documentação reproduzida em suas páginas, essa publicação é desde já historiografia de suma relevância para a arte circense. Para além dessa importância documental, Circo Nerino é narrativa que se mergulha como num livro de aventuras, sem vontade de parar antes de chegar ao fim. Paixão, risos e lágrimas são os principais elementos da comovente narrativa da criação, apogeu e queda do Nerino. Amantes dessa arte, aqueles que ainda não tiveram o prazer de conhecê-la e até os praticantes de esportes radicais certamente ficarão boquiabertos – como se estivessem diante de um perigoso número de trapézio -. (…) A lona do Nerino não está mais armada, mas sua história continua viva, agora não só na lembrança de quem o viu, mas para sempre, nesse depoimento apaixonado de Picolino, estímulo sem igual ao nascimento de outros circos e novos palhaços.”
Beth Néspoli – O Estado de São Paulo – 10 de dezembro de 2004

“ (…) Felizmente Verônica Tamaoki, a quem se deve a extraordinária pesquisa e o belo texto sabe que certas coisas não se explicam. Equilibrista e malabarista, fundou a sua própria escola de circo em Salvador, a Escola Picolino, e criou o site Pindorama Circus onde divulga notícias do picadeiro. Da sua intimidade com o universo circense nasce muito do encanto deste livro em que o velho Nerino volta à cena com suas alegrias e tristezas, tragédias e atos de heroísmo, romances e desgotos. A poesia algo melancólica com que tantos de nós teimamos em pintar os circos dá lugar a uma vida trepidante, cheia de trabalho árduo, problemas práticos e contas para pagar. Uma vida de sonhadores, com os pés solidamente plantados na corda bamba.”
Cora Rónai, O Globo, 25 de dezembro de 2004

“Quando todo mundo se queixa da falta de memória da cultura brasileira, não deixa de ser uma alegria um livro como “Circo Nerino”. (…) Estruturada como uma grande ópera popular em 12 atos, dá voz a Roger que, em primeira pessoa, narra as aventuras e desventuras da trupe. (…) Além da vida do circo, o livro é um retrato do que acontecia no Brasil pelo olhar dos artistas. O Estado Novo, a presença americana em bases no nordeste, o fim da II Guerra, o avanço tecnológico – tudo que se passa no mundo reflete no picadeiro do Nerino. Quando termina suas apresentações, em 13 de setembro de 1964, domingo, na cidade de Cruzeiro, em São Paulo, o Circo Nerino já era a memória de um outro tempo.
João Paulo, O Estado de Minas, 03 de janeiro de 2005

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