Iconografia Teatral. Acervos fotográficos de Walter Pinto e Eugénio Salvador

CHIARADIA, Filomena – Iconografia Teatral. Acervos fotográficos de Walter Pinto e Eugénio Salvador. Rio de Janeiro: Funarte, 2012

 

 

 

O  livro “Iconografia Teatral  – acervos fotográficos de Walter Pinto e Eugénio Salvador”, de Filomena Chiaradia, iniciando as comemorações pelo centenário de Walter Pinto. É fruto de sua tese de doutorado, cuja pesquisa ela analisou coleções fotográficas de companhias teatrais, sendo uma delas a do Arquivo Walter Pinto, sob a guarda do CEDOC/FUNARTE.

A Companhia de Revistas Walter Pinto reinou nos palcos cariocas nos anos 1940 e 50, com espetáculos estrelados por ícones do nosso teatro de revista, como Virgínia Lane, Grande Otelo e Oscarito. A obra reconta essa história a partir do rico acervo fotográfico sobre a empresa. A autora faz ainda uma análise comparativa com Eugénio Salvador, expoente do teatro de revista português.

A historiografia das artes cênicas, por tradição, privilegia o texto dramatúrgico como objeto de pesquisa, e considera a fotografia mera ilustração. Iconografia Teatral expande as possibilidades dessa disciplina ao tratar a imagem como o principal objeto de estudo, revelador de estratégias artísticas e empresariais na construção do espetáculo teatral. Filomena articula vasta bibliografia e empreende minuciosa investigação para obter das fotografias de cena tudo o que elas “sabem” sobre a história do teatro de revista.

Em 1979, Walter Pinto colheu da piscina de sua cobertura em Ipanema tudo o que restara guardado de sua companhia de teatro e entregou ao Serviço Nacional de Teatro, fisgado pela campanha de doação de acervos da instituição, que mais tarde seria incorporada à Funarte. Já o acervo de Eugénio Salvador pertence ao Museu Nacional do Teatro, em Lisboa.

Iconografia Teatral – acervos fotográficos de Walter Pinto e Eugénio Salvador

De Filomena Chiaradia
WALTER PINTO (1913—1994) é o maior responsável pela renovação e profissionalização do teatro de revista brasileiro, em meados do século 20. As revistas Muié macho sim sinhô (1950) e É fogo na jaca (1953), entre outras, eram montadas em escala industrial, com grandes efeitos de cena, e reuniam vedetes brasileiras e estrangeiras. O lançamento de Iconografia Teatral marca o início das comemorações de seu centenário, para o qual a Funarte programa mais uma publicação, além de seminário e exposição.

FILOMENA CHIARADIA é atriz, pesquisadora da Funarte e doutora em Artes Cênicas (UNIRIO). Realizou pesquisa iconográfica para os livros Copacabana Palace – um hotel e sua história, de Ricardo Boechat, e Laboratório Leite de Rosas, de Ignácio Loyola Brandão, entre outros. Editou Teatro de Revista: Guia de Fontes para Pesquisa (Ibac). É autora de A companhia do Teatro São José: a menina-dos-olhos de Paschoal Segreto (Hucitec).

Fonte: Funarte

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