Salto mortal (The Catch Trap)

Bradley, Marion Zimmer – Salto mortal (The Catch Trap). Tradução de Maria D. Alexandre. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.

 

Eu, Erminia Silva, uma das coordenadores deste site, sugiro aqui a leitura do blog de Bruno Dantas, um jovem de 23 anos, formado em Jornalismo, apaixonado por viagens, cinema, música, séries, literatura, internet e tudo relacionado ao universo LGBT.

Bruno me encantou ao escrever sobre essa obra que, apesar de fazer parte de nossa lista de Livraria, eu não tinha o mínimo conhecimento sobre ela. Transcrevo abaixo apenas alguns trechos para que, você leitor, possa ter noção da importância:

“Falo de SALTO MORTAL (The Catch Trap), da escritora estadunidense Marion Zimmer Bradley (1930-1999), mais conhecida pelas séries As Brumas de Avalon e Darkover. Foi esse livro sobre trapezistas que me inspirou a voltar a escrever no blog, e creio que posso considerar um dos melhores que já li na vida. Talvez, o melhor.

(…)

Mas afinal, do que tratam as 896 páginas do livro?
A história de amor entre dois trapezistas (homens), em uma época em que a homossexualidade era (muito mais) considerada uma doença e pecado. A saga de cinco gerações de uma família em torno do trapézio, com toda sua união, tradição, disciplina, dores e perdas. Um romance que tem o circo como cenário, com profissionais marginalizados, mas, ainda assim, dedicados a levar o melhor de sua arte ao público.
Resumir o livro como uma história gay é quase uma mutilação. O personagem principal é Tommy Zane, seguido de Mario Santelli. Ou até mesmo poderia ser um casal heterossexual qualquer. Contudo, o protagonista é o trapézio – o coração do livro, o que une (ou afasta) os personagens. É no alto da plataforma onde a ligação acontece, quase como uma relação sexual, segundo a autora.
Os dez anos (boa parte da década de 1940 e começo da década de 1950) e o local (colecionar coisas relacionadas ao circo sempre foi um hobbie para Marion) em que a história é destrinchada dão o tom à história. A família de trapezistas – Os Santelli Voadores – e a de Tommy, cujo pai é domador de leões, trabalham no mesmo circo, de segunda qualidade, onde todos são considerados “diferentes” apenas pelo ofício nômade. [E o engraçado é perceber a hipocrisia ao sentirem-se superiores aos saltimbancos.]”

 

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