Pordeus, Vitor – “A Poética da Rua”. São Paulo: Núcleo Pavanelli de Teatro de Rua e Circo n. 4 (2013).
O fascismo das instituições totais assume sua face mais cruel com a psiquiatria cujos procedimentos incluem amarrar na cama, dopar e encarcerar a loucura coletiva que se manifesta entre aqueles indivíduos mais sensíveis e mais inteligentes de nossas gerações, avassalados por conteúdos divinos que se manifestam na violência de um surto psicótico.
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OUTRO IMPORTANTE ARTIGO SOBRE O HOTEL E SPA DA LOUCURA, de Renata Saavedra, pode ser lido no link http://www.cultura.rj.gov.br/materias/onde-a-arte-se-hospeda – Revista da Secretaria Estadual de CulturapRJ. Neste artigo há também um vídeo onde se pode conhecer o Hotel.
MAIS UMA DISPONIBILIDADE SOBRE A UNIVERSIDADE POPULAR DE ARTE E CIÊNCIA (UPAC), CADERNO ESPECIALMENTE PRODUZIDO PARA O 13º CONGRESSO PAULISTA DE SAÚDE PÚBLICA – “SUS – PATRIMÔNIO DO POVO” – “CANTIGAS E MÚSICAS POPULARES”(CLIQUE PARA LER):
Apresentação
Este caderno foi especialmente elaborado para os participantes das atividades da Tenda Paulo Freire que ainda não conhecem algumas das cantigas e músicas disseminadas pelos educadores populares e cuidadores durante eventos e ações relacionadas à Educação Popular em Saúde.
Nosso intuito é de colaborar para que estas e outras canções possam penetrar pelos canais da sensibilidade, tocar os corações das pessoas, enriquecer seu aprendizado e, de alguma forma, se capilarizar nos territórios do Brasil a fora.
Seus autores são gente como a gente, ou foram nossos ancestrais. Além de brincantes e mestres na arte de despertar a consciência crítica do público, marcam história e/ou carregam consigo a amorosidade e a solidariedade em relação a todos os seres. Seus atos afetivos, artísticos, culturais, espirituais e cenopoéticos nos ensinam naturalmente a dialogar com nossas próprias experiências, a respeitar o outro e a compreender que cada um possui uma dimensão infinita de potências (destrutivas e construtivas).
Pensando na composição de uma sociedade mais justa e equânime, acreditamos que a diversidade de culturas e crenças traz em si um caldeirão de possibilidades humanizadas de transformação individual e coletiva, no campo da Saúde Pública e nas demais áreas.
Para tanto, sugerimos começar pelo exercício da convivência entre semelhantes e também junto aos reconhecidos como diferentes. A partir daí, teremos a vivência do aprendizado partilhado como exemplo de caminho, que segue indefinidamente rumo à evolução.
Tal proposta educacional transborda as paredes das salas de aula, dos consultórios e das instituições de saúde, pois considera o “saber-de-experiência-feito” como ponto de partida e base da produção do conhecimento, segundo o Manifesto da Universidade Popular de Arte e Ciência (UPAC).
Esta rede de coletivos e entidades é composta por militantes, estudantes, profissionais e cidadãos que se apropriam das práticas tradicionais de cuidado, da cultura popular e da ciência como forças de valorização da nossa identidade e como estratégia de emancipação social efetiva.
Paulo Freire, Nise da Silveira, Baruch de Spinoza, Nelson Vaz, Amir Haddad, José Pacheco, Heloísa Helena, Drummond, Humberto Maturana, Vera Dantas, Ray Lima, Júnio Santos e tantos outros contribuíram e contribuem com a construção desses diferentes modos de ser e de fazer éticos. Suas obras nos remetem ao afeto, ao cuidado, ao conhecimento e à alegria como recursos fundamentais à existência humana e, infelizmente, ainda tão carentes na política. Lembram-nos da bagagem social sagrada, que não necessariamente precisa ser pautada pela moeda e pela exclusão.
Sendo assim, aprendendo e ensinando, façamos uso da liberdade que temos para despertar novos olhares, conquistar outros espaços, ajudar a construir e a concretizar, dentre tantas coisas, relações sociais e políticas públicas mais favoráveis à transformação que desejamos para o mundo. Cantemos e dancemos!
Thamara Fernandes
Secretária Geral da UPAC