Reformar os costumes ou servir o público: visões sobre o teatro no Rio de Janeiro oitocentista (PDF)

MAINENTE, Renato Aurélio – Reformar os costumes ou servir o público: visões sobre o teatro no Rio de Janeiro oitocentista. Franca SP: Tese (Doutorado em História). Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, 2016. 234 f.

RESUMO

Nas últimas décadas do século XIX, o Rio de Janeiro assistiu a um incremento no número de casas teatrais e uma diversificação de espetáculos oferecidos ao público. Os melodramas, dramas realistas e as óperas italianas, até então dominante nos palcos, passaram a sofrer concorrência cada vez maior de operetas e demais gêneros teatrais musicados, culminando com o sucesso do teatro de revista na última década do oitocentos. Essa diversificação, porém, foi alvo de intenso debate: nas páginas de jornais e revistas do período, literatos como Machado de Assis, Jose de Alencar, Aluísio Azevedo e Raul Pompéia, teciam juízos acerca das obras, dos autores e também sobre a própria estrutura das casas teatrais. No entanto, para além de julgamentos propriamente estéticos, estavam em questão, sobretudo, diferentes concepções da atividade teatral e da função dos teatros na sociedade oitocentista. Tratava-se, assim, da defesa de uma atividade teatral pautada por dois princípios distintos, reformar os costumes da sociedade e servir ao público obras voltadas para seu entretenimento. O objetivo deste estudo é, portanto, mapear os diferentes discursos acerca do teatro nacional, a partir da análise de dois conjuntos de fontes: textos publicados em periódicos no Rio de Janeiro oitocentista, e que abordavam o cenário teatral do período; e os pareceres emitidos pelo Conservatório Dramático Brasileiro, instituição encarregada da censura às obras dramáticas e líricas a serem encenadas nas casas teatrais da corte. Partindo dessa análise, será possível identificar as diferentes expectativas nutridas pelos homens de cultura do período quando o assunto era a arte teatral, e principalmente o desenvolvimento do teatro nacional.

PALAVRAS-CHAVE: Teatro; Censura; Rio de Janeiro, século XIX.

ABSTRACT

In the last decades of the nineteenth century, Rio de Janeiro witnessed an increase in the number of theatrical houses, and diversification of shows offered to the public. The melodramas, realistic dramas and Italian operas, hitherto dominant on stage, have come under increasing competition from operettas to other theatrical musical genres, culminating in the success of the revue in the last decade of the nineteenth century.However, this diversification has been the subject of intense discussion: in the pages of newspapers and magazines of the period literati, writers like Machado de Assis, Jose Alencar, Aluísio Azevedo and Raul Pompeia, wrote reviews about the works of authors and also on the structure of theatrical houses. However, in addition to properly aesthetic judgments were concerned, above mainly different conceptions of theatrical activity and function of the theaters in the nineteenth century society. It was thus the defense of a theatrical activity guided by two distinct principles, reform the customs of the society and serve the public works aimed for your entertainment. The aim of this study is therefore to map the different discourses about national theater, from the analysis of two sets of sources: texts published in journals in Rio de Janeiro in the nineteenth century, and approached the theatrical setting for the period; and the reports emitted by Brazilian Dramatic Conservatory, institution in charge of censorship of dramatic works and lyrical to be staged in the theater houses of the court. Based on this analysis, it will be possible to identify the different expectations nourished by the period of the men’s cultures when it came to the theatrical art, and especially the development of the national theater.

 Keywords: Theatre; Censorship; Rio de Janeiro; 19th century.

RÉSUMÉ

Dans les dernières décennies du XIXe siècle, le Rio de Janeiro a connu une augmentation du nombre de maisons de théâtre et une diversification des spectacles offerts au public. Les mélodrames , des drames réalistes et l’opéras italiens, jusque-là dominante sur scène, ils ont commencé à souffrir la concurrence croissante des opérettes et d’autres genres théâtraux à la musique , culminant dans le succès de la revue dans la dernière décennie du XIXe siècle . Cette diversification , cependant, était la cible d’ un intense débat: dans les pages des journaux et magazines de la période , les auteurs tells que Machado de Assis , José Alencar , Aluísio Azevedo et Raul Pompeia, ils tissaient des jugements sur les œuvres , auteurs et la structure même des maisons de théâtre. Cependant, en plus de jugements esthétiques, ils ont été concernés, surtout, différentes conceptions de l’activité et la fonction des théâtres dans la société du XIXe siècle . Il était, donc, la défense d’une activité théâtrale marquée par deux principes distincts , réformer les coutumes de la société et présenter aux personnes l’ œuvres pour votre divertissement. Le but de cette étude est donc de cartographier les différents discours sur le théâtre national, à partir de l’analyse des deux ensembles de sources: les textes publiés dans des revues à Rio de Janeiro du XIXe siècle, et qui adressée le cadre théâtral de la période, et les avis émis par le conservatoire dramatique brésilien, l’ institution en charge de la censure des œuvres dramatiques et lyriques pour être mis en scène dans le théâtre des maisons dans le Cour. À partir de cette analyse, il sera possible d’identifier les attentes différentes, nourries par les hommes de culture de l’époque quand le sujet était l’art théâtral, et en particulier le développement du théâtre national.

Mots clés: Thèâtre; censure; Rio de Janeiro, XIXe siècle.

CLIQUE AQUI PARA LER ESTE TRABALHO NA ÍNTEGRA

Related posts

O tecido acrobático na formação da imagem corporal

circon

Atividades Circenses na Educação Física escolar: uma proposta para a Educação Infantil (pdf)

Silva

O Coringa no teatro Fórum: formação teatral e política pelo Bufão (pdf)

Daniel Lopes