Jesus, Manoel Alves de (Sapequinha) – Picadeiros da infância. Segredos da arte do circo no protagonismo infanto-juvenil de crianças e adolescentes das camadas populares: práticas alternativas para uma nova abordagem pedagógica. Goiânia: Universidade Federal de Goiás.Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Modalidade Licenciatura do Curso de Artes Cênicas da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás, para a obtenção do título de graduação. Área de concentração: ensino teatral, 2007.
RESUMO: Este trabalho é proposto tendo em mente o lúdico e o prazer, entendidos como manifestação cultural, inerente ao ser humano. Há milhares de anos, o circo vem encantando o mundo com seu espetáculo cultural e permanente, misturando diferentes culturas e dando continuidade ao circo que hoje conhecemos. A arte circense assim como toda forma de expressão da cultura popular, sofreu ao longo de sua trajetória, transformações necessárias à sua sobrevivência. Assim como é de costume na tradição de várias nações indígenas, os circenses também mantiveram seus saberes na oralidade, repassando-os ao longo do tempo, de pai para filho, garantindo assim a continuidade desse saber às gerações seguintes. Surgem então no Brasil, o circo tradicional, o circo-teatro, o circo contemporâneo, as escolas de circo, e então o circo-social que é o objeto de estudo nesta pesquisa. Após estudos e investigações, foi possível compreender o potencial lúdico da arte circense, e suas relevantes manifestações favoráveis, nas instâncias facilitadoras do aprender e ensinar. Contudo, foi possível analisar ainda, de que forma os saberes desta arte e sua ludicidade, podem contribuir no processo sócio-educativo e no desenvolvimento cognitivo, criativo e afetivo, de crianças e adolescentes das classes populares. Através desta vertente, percebeu-se também, um esforço constante, incansável e contagiante, na busca de uma nova prática de abordagem pedagógica, ressurgidas das perspectivas metodológicas e alternativas, de uma educação supra-sumo, capaz de conscientizar e libertar o ser humano, para a construção de uma sociedade mais justa, fraterna e digna de um “povo gente.”